quinta-feira, 14 de julho de 2011

Esta música apareceu-me a frente e resume muita coisa... Basta ler nas entrelinhas...

Segui-te na estrada,
Cantei-te para nada,
Fiz montes e vales em busca de ti.
Encontrei-me às portas da Morte
De tanto vergar, de tanto insistir.
E, no mar, mil virgens à espera gritaram meu nome
Eu não respondi!!!

Sonhei que era cego
No bico de um prego
E quando acordei fui chorar escondido.
Quem for Rei, virá num cruzeiro,
Se eu quis ser rei foi para sê-lo contigo!
Quando o Sol girar, e o Céu afundar,
Ouvirás, finalmente, o que eu digo.

Dei o teu retrato ao genro de um sapo,
Herdei comprimidos para adormecer.
Ah, e rezei à Santa Fortuna,
À Deusa das Tréguas do meu querer.
E a Verdade roubou um bote
De casco partido para ir morrer.

A Jurisprudência
Leu-me a sentença:
Eu fora detido por parecer diferente
E morar na casca de um ovo
Sem ter cabido na cova de um dente.
Quando eu quis falar ela pôs-se a andar
Tal o medo de ficar doente.

Até que a Mãe-Feia
Me deu a ideia
De partir para a Guerra Santa do Sul.
Ah, e talvez aí avistasse
Nalguma burka o teu olho azul.
Só que o Vento ouviu no deserto
Que alguém andava perto e não eras tu.

Perdido e cansado quis voltar a nado
Mas já ia longe a minha juventude.
Fui deitar-me ao pé de um barraco
Adormeci num balde de crude.
Quando o Sol nasceu, Deus mostrou-se e eu
Defendi-me o melhor que pude!!!

Diabo na Cruz, Bico de um prego